Lost S06E04

18/02/2010 at 2:46 pm 6 comentários


The Substitute
Tucker Gates – 2010 – EUA

ATENÇÃO: texto a seguir tem vários SPOILERS da sexta temporada de Lost.

O primeiro episódio realmente bom desta temporada, principalmente por contar com o estranho benefício de Terry O’Quinn interpretar dois personagens diferentes, nenhum deles o Locke ao qual você se acostumou. O Locke da realidade alternativa, por exemplo, não tem uma vida perfeita – destaco os ângulos de câmera enfatizando as dificuldades diárias dele e até seu tamanho diminuto em relação a atriz Katey Sagal.

Mas ele é aparentemente um homem mais realizado por ter desistido de voltar a andar e negado a fé cegar do Locke original. Será que a alternativa é literalmente o final feliz para esses personagens (ao invés deles, digamos, investigarem uma ilha que afundou); enquanto que na original eles terão uma conclusão trágica?

Falando na original, Locke-falso ganhou do roteiro uma personalidade mais definida, simpática até, com motivos e objetivos (obscuros, mas palpáveis), e uma vunerabilidade que num momento específico ecoou o Locke original. Episódios como The Substitute me lembram que por mais que goste dos mistérios do seriado, eu tenho mais interesse no que eles causam nos personagens (bom, ao menos nos mais interessantes) do que em vê-los esclarecidos. Lost começou (pra valer) aqui.

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Agente Triplo O Fim da Escuridão

6 Comentários Add your own

  • 1. netiteve  |  19/02/2010 às 5:10 am

    Bem lembrado sobre o excelente uso da câmera. Mesmo o diretor Tucker Gates ser resposnsável por dois episódios mais ou menos da Kate “Born to Run” e I Do” aqui ele se saiu melhor.

    Claro, aqui o roteiro estava a favor dele e nos outros não. 🙂

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    • 2. brunoamato  |  19/02/2010 às 7:33 am

      Valeu, uma coisa que sinto falta quando leio críticas de séries é uma atenção maior ao trabalho visual; não é sempre que o pessoal presta atenção nisso. Claro que, como você lembrou, o roteiro ainda conta, talvez até mais num seriado que num filme.

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  • 3. Rodrigo Beleza  |  21/02/2010 às 11:24 am

    E aí Bruno, como vão as coisas?

    Pra variar estou ocupado com concursos. Esse ano já está repleto deles.

    Não tive tempo de olhar os posts antigos, mas quando assisti Bastardos Inglórios lembrei do seu blog. Foi o melhor filme que vi ano passado!

    Grande abraço.

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    • 4. brunoamato  |  21/02/2010 às 3:47 pm

      Beleza, sempre que puder, apareça aqui.

      Infelizmente, escrevi pouco sobre Bastardos Inglórios. Apenas um parágrafo, comentando sua presença na minha lista de melhores filmes de 2009. Se quiser ler, use o mecanismo de busca no topo do blog, ou o link na coluna lateral – ou mais fácil, simplesmente clique aqui: https://palavrasdobruno.wordpress.com/2010/01/31/melhores-filmes-de-2009/

      Abraço e boa sorte em seus objetivos!

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  • 5. Ailton Monteiro  |  24/02/2010 às 1:03 pm

    Mas negar a fé é algo positivo?
    Eu não vejo a realidade alternativa do Locke como feliz. Nem a da Kate ou a do Jack. É como se tivesse um vazio. Talvez seja essa a intenção.

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    • 6. brunoamato  |  24/02/2010 às 1:33 pm

      Olha, eu acho que se perder a fé fizer a pessoa parar de sofrer, pode ser uma coisa positiva, sim. Seja como for, os personagens me parecem mais felizes ou tranquilos – não disse que estão na Disney (aí, nesse caso, Locke nem seria paraplégico). Claro que, sendo Lost, é perfeitamente possível que tudo isto muda daqui uns episódios.

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