Lost S06E06
04/03/2010 at 3:11 pm 2 comentários
Sundown
Bobby Roth – 2010 – EUA
ATENÇÃO: texto contém vários SPOILERS da sexta temporada de Lost.
Sundown prova o quanto decisões equivocadas em episódios anteriores na temporada de uma série podem prejudicar seriamente um episódio que é bem resolvido por si só, especialmente tudo envolvendo Sayid (Naveen Andrews, em bom momento), repetindo aqui o dilema de tentar renegar sua natureza violenta.
A trama dele na realidade original, onde ficou dividido entre matar Dogen (o líder do templo) ou Locke-falso, por exemplo, funcionou para mim. Talvez porque, como expectador de Lost há seis anos, me identifiquei com a irritação dele com figuras misteriosas que se recusam a dar respostas. Entretanto, o episódio todo, incluindo a decisão dele de trair os Outros do templo me deixou frio porque Damon Lindelof e Carlton Cuse não souberam justificar a presença deles na série, ou sequer conseguiu torná-los interessantes.
Outra coisa que o episódio prova é o quanto pode ser difícil criar suspense quando você mantém o espectador completamente no escuro. Por que Locke-falso precisava destruir o templo? E qual a função da realidade alternativa (o fato de Sayid também ser um homem violento nela parece negá-la como o “final quase-feliz” dos personagens)?
Minha reclamação também vale para o final de Sundown, que funcionou mais pelo impacto audiovisual que dramático (ponto para o diretor Bobby Roth): os sobreviventes do massacre no templo (Sayid sorrindo de forma estranha, Claire, Kate, alguns Outros) se reúnem calmamente diante de Locke-falso, enquanto uma canção infantil é ouvida. Eu tive a impressão que alguma epifania foi alcançada. Mas por quê? Seria bom saber o que está em jogo ou ao menos me importar com QUEM está em jogo.
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1. Ailton Monteiro | 04/03/2010 às 6:01 pm
Dessa vez, concordo em tudo que vc falou, Bruno. A trama da realidade alternativa do Sayid não me agradou muito, mas até que a trama na ilha foi interessante. Eu acho que a dupla criativa de LOST está se enrolando cada vez mais. Melhor cena: a fumaça preta no templo.
2. brunoamato | 04/03/2010 às 8:02 pm
Sei não Ailton, eu gostei da realidade alternativa do Sayid. Na verdade, desse episódio só gostei realmente de tudo que envolvia o iraquiano. A cena do templo em teoria é boa, mas como se importar com personagens que a gente mal conhece, mal abriram a boca, etc?